André Rochais (1921-1990), francês, fundador de PRH, desde muito jovem percebeu sua vocação de educador.
Aos 17 anos, já como professor, sentia-se habitado por um questionamento e por uma intenção, que levou a sério durante toda a sua vida.

Seu questionamento.

“Onde é preciso tocar o ser humano para que o seu crescimento se desencadeie e se acelere, e para que tudo se coloque em ordem e se harmonize?””

Sua intenção.

Colocar ao alcance de toda e qualquer pessoa, aquilo que ela precisaria saber para se tornar plenamente si mesma.

Ao se tornar diretor de escola, sentia-se atraído pelo trabalho com os pais dos alunos e com os professores, descobrindo, assim, que seu lugar era o trabalho com os adultos. Depois, descobriu também sua vocação ao sacerdócio.

Para desenvolver e realizar estas descobertas, foi completar seus estudos no Instituto Social em Paris. Ao retornar, já com 40 anos, criou seu primeiro curso de psicologia social para pessoas comuns e começou a difundi-lo.

Aos 45 anos, após ler um livro de Carl Rogers, sentiu-se confirmado em suas intuições e impulsionado a seguir sua pesquisa sobre o desenvolvimento da personalidade e das relações humanas, bem como sobre o método que desenvolvia, e que viria a se tornar o método PRH.
André Rochais se define como um «pesquisador no campo da psicopedagogia do crescimento».

Desenvolveu sua obra a partir da auto-observação e da observação das pessoas que ajudava, sempre submetendo suas descobertas ao grupo de colaboradores que foi se juntando a ele, à medida que PRH se expandia pelo mundo, para que pudessem experimentar em si mesmos e junto às pessoas que acompanhavam. Assim, foi estruturando e expandindo sua pesquisa psicológica e pedagógica e dando estrutura ao organismo PRH.   

Aos 58, deixou as responsabilidades que exercia em PRH para dedicar-se integralmente ao seu trabalho de pesquisador, enquanto PRH seguia seu caminho de expansão em sua dimensão internacional. Faleceu aos 69 anos em consequência de uma enfermidade (Waldesnstrom), da qual sofria há anos.
Foi um homem de origem modesta. Simples, autêntico e livre, exercia sua liderança com uma bondade fundamental e um otimismo profundo. Era um homem com uma grande vitalidade e capacidade de liderança, sempre firme nas orientações de fundo, mas flexível quanto ao modo de colocá-las em prática.

O que motivava a sua pesquisa era o seu amor pelo ser humano. Foi um grande pesquisador e, como ele mesmo se intitulava, um « vulgarizador » no sentido de transformar o que descobria em uma linguagem simples e acessível às pessoas comuns, para que qualquer um pudesse ter acesso a toda a riqueza que há no mundo da psicologia. Assim, criou uma formação de dimensão universal, para todo ser humano, independente de cultura, crença, ideologia, grau de desenvolvimento, etc.

Em meu trabalho de pesquisa comparo-me a um arqueólogo que escava um terreno para descobrir alguns vestígios de uma antiga cidade. O que vai sendo descoberto é de uma incrível riqueza…

André Rochais